O caso dos Convulsionários de Saint-Mérdard
Por esses dias tive que me preparar para duas palestras em dois centros espíritas, o que eu freqüento e o “Vozes da Alma”, que fica no bairro de Areias; o assunto era: “Os Convulsionários”, das perguntas 481 a 483 de O Livro dos Espíritos. Confesso que achei muito interessante e graças à internet consegui juntar um vasto material, sem falar de um exemplar da Revista Espírita de 1859. O documento histórico reporta sobre o Jansenismo, doutrina de onde eclodiu o caso dos Convulsionários.
O Jansenismo foi uma doutrina fundada pelo bispo católico holandês Cornélio Jansênio, mas o destaque da situação veio mesmo depois da morte do diácono François Paris, um dos estudiosos do assunto. Em vida François decidiu se entregar ao retiro, as orações e a caridade; fazia até meia para os pobres, e dentre suas atividades, dedicava-se ao Jansenismo, que defendia a liberdade humana, partindo do princípio de que a graça era concedida a certas pessoas desde o seu nascimento e recusada a outras. Após a sua morte, tendo seu irmão erguido um túmulo no cemitério Saint-Médard, os simpáticos ao diácono e os seguidores da doutrina passaram a visitar o jazigo com freqüência e de repente muitos foram tomados por convulsão. A coisa foi se transformando e aquilo virou um espetáculo: era convulsão, pancadas, gente falando em línguas. Eles ficaram conhecidos como “Os Convulsionários de Saint-Mérdard”.
Chegou a um ponto da administração do cemitério decidir por fechar o mesmo. Sem ter mais o túmulo para visitar, os jansenistas foram ter suas convulsões nas casas dos seguidores da doutrina. Com o passar do tempo isso foi se acabando.
Kardec, como grande investigador, foi tentar descobrir o que acontecera de verdade durante aquelas visitas. Ele fez contato com o espírito do diácono, que se apresentou como um espírito errante e feliz, disse que a causa daquelas convulsões foram intriga e magnetismo, que os espíritos que ali se encontravam eram menos evoluídos, eram simpáticos uns aos outros e que ele não teve participação em nada. Kardec questionou o porquê de o ocorrido ter sido justamente no túmulo dele, a resposta “escolheram o meu túmulo por cálculo: minhas opiniões religiosas, e o pouco de bem que procurei fazer, foram explorados”, completou François.
Sem se dar por vencido e também para comparar as informações, como faz todo bom jornalista em não confiar em apenas uma fonte, Kardec consultou São Vicente de Paulo, o qual confirmou os depoimentos do diácono e ainda ressaltou “ele é um espírito cheio de boas intenções, mas elevado em moral que de outro”.
No dicionário do Portal do Espírito, o termo convulsionário significa aquele que tem ou finge ter uma convulsão. Ou seja, aquelas pessoas que foram tomadas por convulsão podem ter sido vítimas de obsessão, eles deram brecha para que espíritos menos evoluídos fizessem o que bem queriam. É só nos lembrarmos da Bíblia, na passagem do menino epilético, em que Jesus “tendo afastado o ameaçado o demônio (espírito zombeteiro), fez com que ele saísse da criança, que foi curada no mesmo instante”. Também não estou querendo dizer que todo caso de epilepsia esteja sempre atrelado aos espíritos, tem os casos médicos, eles sempre, independente de suspeita mediúnica, devem ser analisados e explorados.
Está vendo minha gente, quanto assunto podemos aprofundar de cada pergunta de O Livro dos Espíritos! Essa doutrina tem muito a nos ensinar.
CIÊNCIA:
Convulsão: crise em que há descarga elétrica anormal do cérebro, provocando fenômenos como perda de consciência e contrações musculares involuntárias.
Epilepsia: É um distúrbio caracterizado pela tendência de sofrer convulsões recorrentes. Epi= de cima; lepsem=abater. Epilepsia, palavra do grego que significa “algo que vem de cima e abate as pessoas”.
PRIMEIROS SOCORROS
A seguir, são apresentadas algumas dicas de primeiros socorros para o atendimento em caso de convulsão.
1. Deite a pessoa no chão, em um local sem objetos que possam causar lesões. Crie espaço em volta da vítima afastando curiosos.
2. Utilize a mão, roupa, travesseiro, ou outra forma para proteger a cabeça da vítima. Vire de lado a cabeça da vítima para que a saliva escorra, dessa forma se evita que a pessoa se afogue.
3. Deixe livres braços e pernas, de forma alguma os imobilize.
4. Afrouxe roupas para facilitar a ventilação. Após, verifique se não há nada obstruindo as vias aéreas e se a
respiração está normal.
5. Não tente segurar a língua com os dedos, nem tente colocar objetos, como colher, caneta, na boca para segurá-la.
6. Vire a cabeça de dado. Isto virará também a língua, e dessa forma será liberada a passagem do ar.
7. Para facilitar a respiração, limpe as secreções salivares com auxílio de um papel ou uma toalha.
Depois de passar a convulsão, enquanto não chegar o socorro especializado, caso a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro.
De forma alguma medique a vítima, pois os reflexos podem não estar totalmente recuperados, e a vítima pode se afogar tentando engolir o comprimido e a água.
1. Deite a pessoa no chão, em um local sem objetos que possam causar lesões. Crie espaço em volta da vítima afastando curiosos.
2. Utilize a mão, roupa, travesseiro, ou outra forma para proteger a cabeça da vítima. Vire de lado a cabeça da vítima para que a saliva escorra, dessa forma se evita que a pessoa se afogue.
3. Deixe livres braços e pernas, de forma alguma os imobilize.
4. Afrouxe roupas para facilitar a ventilação. Após, verifique se não há nada obstruindo as vias aéreas e se a
respiração está normal.
5. Não tente segurar a língua com os dedos, nem tente colocar objetos, como colher, caneta, na boca para segurá-la.
6. Vire a cabeça de dado. Isto virará também a língua, e dessa forma será liberada a passagem do ar.
7. Para facilitar a respiração, limpe as secreções salivares com auxílio de um papel ou uma toalha.
Depois de passar a convulsão, enquanto não chegar o socorro especializado, caso a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro.
De forma alguma medique a vítima, pois os reflexos podem não estar totalmente recuperados, e a vítima pode se afogar tentando engolir o comprimido e a água.
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